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5 anos atrás eu prometi um texto que eu nunca soube escrever. A gente dá risada disso, eu sou esquecida e vocês sabem, mas a verdade é que eu simplesmente não consegui. Lembro que naquela época não saia da minha cabeça a seguinte frase: Como conseguir escrever sobre o amor mais bonito que eu já vi? Eu era incapaz disso.
Enquanto essas palavras e frases vão aparecendo aqui, penso, reflito, me questiono se mesmo hoje eu sou capaz. Sinceramente não, mas desejo tanto e tanto que vocês sintam o tanto que eu sinto que por isso eu escrevo essas linhas tortas.
Das muitas honras e alegrias dessa vida, a minha preferida é ter nascido do amor de vocês. É ter presenciado desde que abri os olhos pela primeira vez a forma que vocês se amam, me amam.
Lembro de uma ocasião em que minha vó foi parar no hospital, quebrando pela segunda vez o fêmur, minha mãe chegou em casa depois de um dia difícil e meu pai a abraçou forte, compartilhando lágrimas. Eles ficaram ali, se abraçando em silêncio, em eternos segundos, como se fossem um universo a parte. Como se depois daquele abraço tudo ficasse bem. E eu soube ali o que era amor. Eu soube ali que nasci do amor. Eu soube ali o extraordinário e real dos dois. E ficou tudo bem.
Foi há 30 anos atrás que eles eternizaram esse amor perante os homens e Deus, prometendo que enfrentariam a vida assim, juntos, até os restos das seus dias. E assim foi e assim é. Que alegria é aprender com vocês todos os dias. Que alegria é ser fruto disso. Que alegria é ter feito parte de (quase) 25 desses 30. E que alegria é ter sido a escolhida para fazer parte dessa vida.
Eu amo vocês.
E eu só sei hoje o que é o amor porque vocês me amaram primeiro, me mostrando o amor mais real, mais vivo e mais verdadeiro. De novo: eu amo infinitamente vocês.